19 de junho de 2013

A Companhia Dourada - Parte 2

Poucos instantes após o mago e o samurai saírem para explorar as ruínas do castelo, deixando seus companheiros para traz, o paladino, que dormia, levantou-se com a barulheira e decidido ter uma companhia acordou o pequeno ladino (goblim metido a besta), estes movidos pelo desejo de saberem onde seus amigos estão, seguem os ruídos dos equipamentos dos seus amigos. A noite os corredores de pedra do que um dia já foi um castelo pareciam se alongar, ainda mais quando estavam perseguindo seus amigos no mais absoluto breu, sendo guiados apenas pelo tilintar das armas nas bainhas.

E este caminho cego os levou a uma pequena sala adornada com estranhas tochas roxo azuladas, e na parede oposta um altar ricamente adornado com velas negras e outros objetos profanos. O goblim entrou primeiro observando minunciosamente cada sombra que se mexia. Foi quando um uivo de dor rasgou os ouvidos da pequena criatura verde, era seu companheiro que a esta altura já se encontrava caído e inconsciente ao chão, em um baque seco. Nas costas deste uma marca (imposta por um lich), quase como uma tatuagem, brilhava intensamente de uma forma assustadoramente malévola. Aos poucos pequenas faixas vermelhas foram se expandindo seguindo o traçado do seu corpo ate alcançar seu olho esquerdo, tornando-o todo, não apenas as pupilas ou a parte branca, negro como a mais densa noite sem luar.

Tomado pelo desespero de ver um companheiro sendo tomado por uma antiga maldição o goblim não muito inteligentemente resolve interromper a marca, e nesta tentativa acerta um tiro no local situado pela marca. Contudo, para o espanto de todos ali presentes até porque consciente mesmo apenas estava o goblim, que fez a burrice o tiro acertou diretamente a pele do seu amigo, contudo a marca permaneceu intacta, como se esta foce uma projeção sobre o a peloe já que estamos falando de um paladino herdeiro do lobo. O sangue fez a marca vibrar de alegria.

Silenciosamente o paladino ergueu-se desembainhando sua espada, caminhou até seu verde amigo, o qual apenas observava espantado. Ergueu sua espada, estantes depois um ganido e corpo cai inerte ao chão. O samurai salvara o goblim no ultimo instante com um golpe da sua batou na nuca do paladino. Rapidamente o goblim busca cordas na mochila do samurai, e em em estantes o herdeiro do lobo está todo amarrado parecendo uma múmia. Passado este pequeno trauma voltaram para sala onde fizeram acampamento, chegando lá perceberam que deixaram um companheiro para traz outro samurai. Como ele ainda estava dormindo decidiram por não perturba-lo e fazerem o mesmo.

O sol já estava alto quando a trupe, que havia feito a farra na noite anterior, acordara. Um delicioso cheiro de carne assada deliciava seus narizes em quanto estimulava seus paladares. Após a refeição decidiram desfazer o acampamento e seguir jornada em direção a saída mais próxima, restavam poucas salas agora a saída deveria estar próxima. Foi quando depararam-se com um enorme vão ricamente adornado com o que um dia foram cortinas de tecidos nobres, hoje, alem de revelarem o abandono do local, eram as ultimas testemunhas de uma batalha voraz que ali ocorrera. Tanto as paredes quanto o chão eram de pedra, muito rustica por sinal, aqui e ali via-se regiões mais escurecidas da pedra, provavelmente o mesmo sangue das cortinas...

Observador
Um único objeto adornava o centro da sala, um trono, todo em ouro, com inúmeras ilustrações de inúmeras batalhas e feitos grandiosos, hoje já esquecidos. Sem pensar duas vezes saquearam o trono, partindo-o em inúmeras partes e dividindo-o entre si. Mal perceberam que estavam libertando um ser tão terrível e mortal quanto era possível, um observador. A imensa massa de carne flutuante e amorfa se ergueu do buraco que o trono tapava, revelando seus inúmeros tentáculos, cada um com um olho em sua ponta. Estes olhos observavam todos e ninguém ao mesmo tempo, cada qual em uma coloração própria. no centro da massa de carne revelava-se uma boca cheia de dentes afiados como os de um tubarão, e acima da espantosa boca um imenso olho que preenchia 1/2 do seu corpo. Esta era a visão de um observador, o que não represente em nada o real perigo que ele representa.

***

"A sorte estava lançada e Nimb, o senhor do caos, ria loucamente fazendo com que seus brincos de argola rebatiam entre seu rosto e seu pescoço resultando em horrendos hematomas roxo-enegrecidos..."

***

De um bote o observador mastigou prazeirosamente as carnes da perna esquerda do mago que caiu inconsciente. O sangue jorrava do imenso corte aberto, redecorando o salão na cor vermelho rubro. A besta arremessou a um canto da sala um bom pedaço de carne arrancado com a mordida, não percebendo a aproximação e ataque de um dos samurais. A katana penetrou na besta causando um talho fundo, seguido de uma gosma verde que jorrava do ferimento. Os outros membros da companhia também atacaram, sem nenhum sucesso, espadas não conseguiam arranhar sua pele, balas ao atingirem o observador ricocheteavam. Calmamente o observador voltou-se para seu atacante, num piscar de olhos, mastigava o ombro do samurai como se quisesse arrancar-lo, saboreando cada gota de sangue que jorrava da ferida aberta.

A dor fazia-se quase insuportável fazendo-o trincar os dentes; pular sobre a besta, apoiando-se sobre a boca; e estocando o olho central, revelando uma mistura de retina, gosma transparente e sangue. Poucos instantes depois todos os tentáculos, que momentos antes estavam atentos a tudo que se movia, agora estavam pendentes na direção do chão... estava morto!?! O goblim de imediato foi checar seu companheiro caído, estava inconsciente porem vivo. Um estrondo atravessou todo o castelo, chegando aos ouvidos do paladino, que de imediato gritou:
-CORRAM SEUS TOLOS!!! - Tudo estava desabando, e eles não haviam, ainda, achado a saída dali. Paredes e tetos caiam a medida em que passavam por corredores e salas em busca de uma saída, e quando parecia que não tinham mais para onde ir um raio de luz, vindo do buraco da fechadura de uma porta que não haviam notado. Era o que buscavam, uma saída. Era como se todas suas preces focem atendidas, só que melhor. A porta os conduziu a um pequeno pátio onde plantas mortas revelavam um antigo jardim servido por uma ponte, feita de puro granito extraído de alguma montanha próxima. O sol estava encoberto por espeças nuvens, estava frio e começara a ventar e chover...


                                             Continua...

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