30 de abril de 2012

Contos de guerra

Era noite na cidade de Lenorien. O Céu estava vermelho, o fogo consumia a casas, nas ruas elfos jaziam mortos e por todos os lados sangue manchava o chão. Poucos haviam sobrevivido ao ultimo ataque de Thwor ironfist, que investira destruindo e destroçando tudo em seu caminho, torres, casas, elfos, velhos, novos...tudo. E aqueles que sobreviveram nao tinham pelo que viver, seus filhos jaziam mortos, suas casas destruídas, seu povo dizimado; seus sonhos esmagados...e assim vagueavam tristemente pela cidade, cantando sua dor  aos ceus, chorrando lagrimas vermelhas, lagrimas de sangue.

Num canto afastado, onde outrora fora a mais brilhante torre de Lorien, encontrava-se um grupo de elfos guerreiros sentados envolta de uma fogueira, suas armaduras estavam sujas e cheias de sangue, suas espadas brilhavam no chao e lagrimas caiam de seus olhos. Eram seis, e nenhum tinha nome, em suas armaduras brilhava a insignia do sol nascente, o simbolo da guarda real do rei. Eram bem parecidos, como na verdade todos os elfos sao. Eram altos, de ombros largos e fortes, tinha o rosto austero e distante, os olhos vazios e azuis, e cabelo branco, na verdade nao todos, um deles tinha o cabelo negro e olhos da mesma cor, era um pouco mais baixo, mas mais forte, era tambem o que mais chorava. Nao falavam, nem se mexiam, deixavam apenas a noite seguir enquanto as lagrimas rolavam. Todos eles haviam vivido toda sua vida em Lenorien, ali cresceram, amaram e serviram seu rei, ali viram a vida florescer, mas tudo que viam agora era a morte, a morte de seus proprios companheiros, nao conseguiam esquecer como seus rostos se contorciam enquanto eles caiam sob a chuva de machados, nao conseguiam lembrar de mais nada a nao ser guerra e morte, e era so aquilo que sobrará ali, guerra e morte.

Quando o sol raiou, eles levantaram e foram em direção ao sul da muralha. No caminho, por todos os lado tudo que se via era destruiçao, a pura e suja destruiçao goblinoide que fora causada por Thwor ironfist, o grande general da aliança negra. Todos ali, sem exceçao, torciam o nariz ao  ver aquelas cenas de destruiçao e furia descontrolada -por isso é impossivel ter uma convivencia com esses animais- falou o de cabelos negros, apesar de nenhum dos outros responder qualquer coisa, a confirmaçao era visivel em seus olhos. A medida que  o dia ia passando eles chegaram ao portao sul, o portao por onde Thwor irrompera com seu exercito e agora estava acampado o grande exercito goblinoide, uma bandeira negra balançava ao vento, a aliança negra.

À visao daquela bandeira seus corpos gelaram e instintivamente tomaram posiçao de batalha, sacaram suas espadas brilhantes e prepararam-se...uma respiraçao...duas respiraçoes...tres respiraçoes...olharam-se nos olhos e com um sorriso negro avançaram...sem nenhum aviso. As espadas dançavam num elegante conjunto de movimentos, sempre perfurando, cortando e partindo, tecendo uma teia de sangue vermelho. Pegos de surpresa, os primeiros goblinoides nao tiveram chance alguma contra as espadas dos elfos e cairam um por um, sempre da mesma forma, perfura, corta, quebra, parti. Quando seus inimigos finalmente se organizaram a batalha ficou mais dificil, seu numero e força era um obstaculo, no entanto muitos cairam sob as espadas dos elfos, ainda assim, eles proprios cairam, um por um. Um machado partiu o elmo de seu lider, uma maça afundou o peito de outro, e assim sobraram apenas quatro deles, cada um de costas para o outro, o sangue enchia suas armaduras, seu proprio sangue misturado com os que eles mataram, e caiam mais e mais frente suas laminas.  Sem nenhum motivo aparente a Aliança negra recuou, os elfos entreolharam-se desconfiados, entao eles viram, e aquilo os fez gelar do pé a cabeça, o general, o lider, Thwor ironfist, em pessoa, estava lá, parado, com seu grande machado de guerra na mao, e a cabeça do rei na outra. 

  Ele avançou, austero, cruel, imponente. Era grande ate mesmo para sua raça, chegava quase a tres metros e meio de altura, de sua boca brotavam dois grotescos caninos amarelos e no pescoço usava uma caveira como colar, em uma das maos trazia seu machado de guerra, tao grande como ele mesmo, na outra a cabeça do rei elfo, em seu rosto havia uma horrivel expressao de dor, congelada pela morte. Atirou-a ao chao e a esmagou com apenas uma pisada, entao riu, uma risada grotesca, a risada de um animal, e atacou. No primeiro ataque afundou ate o osso seu machado no primeiro elfo, um giro, o segundo caiu tambem, acertado pelo cabo do machado na cabeça. Os outros dois lutaram bravamente,  moviam-se e dançavam envolta dele como viboras,suas espadas cantavam, o ressoar de aço contra aço. Thwor era forte, porem eles eram rapidos e muito habeis. Lutaram e lutaram por horas a fio, Thwor ria a cada corte que levava e nao parecia cansar-se nem um pouco, entao, num momento de descuido, o alto-elfo escorregou na lama e o machado de Thwor caiu como um raio, partindo-lhe dos ombros a virilha. Sobrara, entao, apenas aquele elfo, o de cabelos negros, ele lutou, mais bravamente que qualquer um poderia naquelas condiçoes, lutou por horas, lutou ate Thwor perder o sorriso e foi alem, lutou ate seu inimigo estar esfolado e ainda assim foi alem, lutou ate sua espada nao ser nada alem de um cotoco. Entao caiu, caiu aos pés de Thwor, e esperou o ultimo golpe, mas esse nao veio...quando ele olhou para cima o que ele viu foi algo inesperado, um Thwor ironfist com um olhar perscrutante e que parecia estar se divertindo e de repente, com um chute, derrubou o elfo na lama e perguntou-lhe -O que faz voce, um verme, lutar com tanta bravura contra mim, Thwor ironfist, o grande general, mesmo sabendo que vai perder?- entao ele respondeu e sua voz era amarga - vim para voce terminar o que começou. Você ja me matou, vim aqui apenas para dar um fim a isso. Voce ja tirou minha vida, tirou tudo que eu amo, entao, vá, termine tudo, me mande para onde quer que eu vá. eu vim entregar o que voce ja me tirou. a vida.-  Thwor sorriu entao, intrigado e entao gritou - que assim seja seu verme, morra! e tenha a honra de dizer a todos que voce lutou bravamente contra Thwor ironfist, o grande general, vá e diga que voce morreu pelas minhas maos, as mesmas que arracaram a cabeça do seu amado rei- entao seu machado desceu como um raio novamente, partindo suas costelas e seus orgaos internos, e o elfo sem nome morreu...tao bravamente quanto qualquer um poderia querer...e onde suas lagrimas respingaram no machado de Thwor, ate hoje, é possivel ver as estrelas daquele que foi o lindo ceu de lenorien, as ultimas estrelas que ele viu...

29 de abril de 2012

Contos de Zarok' o negro.


Era noite e a companhia encontrava-se na penúltima sala da masmorra, um corredor negro e reto ate o fim,nele pendiam apenas algumas tochas penduradas na parede e nada mais. a companhia seguia incessantemente o caminho que havia a frente, estavam ali: Zarok' o samurai, Rezin o Goblin e os dois minotauros, Ignius e sem-nome, assim o chamavam pois, na verdade, ninguém soubera seu nome, cada armados com nada mais que suas espadas, uma determinação inabalável e uma forte vontade de viver.

após uma breve caminhada a sala pareceu ficar mais quente e a cada passo que eles davam ainda mais quente, eles mesmos começaram a sentir esse calor no proprio corpo, as pernas ficaram pesadas e doídas pelos esforço, o suor corria-lhes quente pela testa e nem mesmo a leve brisa que os acompanhara quase o caminho todo soprava. Zarok abaixou-se para esfregar a perna que doía -fora o machado daquela besta que o acertará ali e isso podia bem trazer-lhe problemas- pensou ele, e sem nenhum aviso uma brisa mais quente ainda, quase que como o bafo de um dragao atingira-lhe em cheio enchendo suas narinas de ar quente, mal teve tempo parar jogar-se ao lado ao ver aquela luz vermelha atravessando o corredor. passou-lhe raspando. -uma bola de fogo- pensou enquanto se viarava para olhar de onde viera. Um Balor.

A Criatura erguia-se imponente sobre o chao, devia ter quinze metros ou mais, seu corpo era feito de sombras, nao, de sombras em chamas! tinha o corpo de um forte minotauro, no entanto muito maior, e apesar dos seus chifres, sua cabeça nao se parecia nem um pouco com a de um minotauro. Era um cranio grotesco envolvido por sombras em chamas e uma lingua de fogo pendia-lhe da boca, em cada uma das maos trazia respectivamente um chitoce e uma espada, ambos feitos daquele mesmo material, o proprio mal incarnado pegando fogo. atras de si erguiam-se asas de morcegos em brasa que sem agitavam incessantemente. apesar de assustados a companhia sabia que para sobreviver deveriam sobrepujar, ou no minimo, passar por aquele imenso balor e nao tinham outra saida. trocaram olhares rapidos e estava tudo decidido, todos saberiam o que fazer, e fizeram. investiram rapida e corajosamente contra a critatura, correram o mais rapido que conseguiram e pularam sobre as chamas atravessando-as, mas nao antes sem levar algumas queimaduras, mesmo assim, ao cair do outro lado todos estavam bem o suficiente para prosseguir, no entanto, haviam atraido a ira do balor para si. a ira de um dos grandes senhores das trevas.

Corriam, e atrás de si estava a grande criatura tentando abrir as asas,essas que eram muito grandes para abrir-se totalmente, percebendo isso decidiu seguir a pé atras de nossos herois e foi, arrastando chamas e escuridao por onde passava. nossos herois percebendo-se encurralados chegaram a uma conclusao: Nao havia saida, e se houvesse seria derrotando aquela criatura, ou seja, nao havia saida. Ainda assim decidiram continuar, se morresem seria ao menos com honra. Zarok desembainhou sua katana de raio e gelo e com um sorriso zombeteiro falou a rezim -eu pego ele por trás e voce pela frente, revesamos e flanqueamos, como sempre- com um sorriso gelido ele respondeu -sim, pela ultima vez- e correram com os dois minotauros logo atrás.  Zarok correu com rezin logo atrás de si, logo estavam cara a cara com o balor, com uma chicotada ele tentara partir Zarok em dois, no entanto esse foi mais rapido, desviando e saltando por entre suas chamas, agora sim, lutaria como sempre. a batalha seguia feroz a cada golpe a morte parecia mais proxima, o balor agitava seu chicote e sua espada e por vezes os dois aos mesmo tempo, mas naquela noite os deuses estavam com eles, poucas foram as vezes que o balor os tocara, fazendo assim pouco estrago, mas mesmo assim, um golpe em falso e estava tudo acabado. Zarok atacava furiosamente de um lado e rezin do outro, espadas dançavam e o aço nu cortava pedaços de sombras flamenjantes sempre que encostava no balor e no entanto nao parecia surtir efeito, entao repentinamente Zarok tropeçara, tentara escapar da espada e fora pego pelo chicote, que constringia e queimava a sua volta. para ele tudo parecia agora um borrao triste, sua vontade desaparecera, seu fogo e sua vida estava indo junto. numa ultima prece pediu ajuda a lin-wu, a khalmyr, a todos os deuses, ele sabia ter uma missao maior, nao podia perecer ali e nao pereceu. Uma luz cegante tomou conta do corredor e o balor desapareceu, fora destruido. ele conhecia aquilo, era magia divina, no meio do corredor onde outrora o balor estava tinha agora um anao em pé, e entao ele compreendeu. um paladino.

Boatos da Taverna 2

Passaram se muitas semanas desde a ultima vez em que tive aquele relato na  taverna, nenhum afortunado teve a sor te de encontrar tal sujeito. Na minha impaciência tive a estupida ideia de ir até a tempestade onde o jovem o viu, mas logo em seguida desisti, sabe como é muita adrenalina para um bardo como eu que escreve pequenas canções, e trovadas. Como não fui a Tormenta decidi ao menos me aproximar, e quanto mais me aproximava, mais os boatos aumentavam mas no fundo era tudo mais do mesmo, sempre aquela velha historia de um cara usando uma túnica branca com uma faixa vermelha sem ser afetado pela tormenta.

Sabe quando você ouve aquela historia que você achou fantástica no inicio, mas com o tempo foi perdendo a graça. O mesmo aconteceu comigo, fui deixando-a de lado, e com o tempo fui perdendo totalmente o interesse, ao ponto de esquecer la completamente, porem, certo dia minhas andanças me levaram em direção a Tapista, a grandiosa cidade táurica, no caminho tive o parser de encontrar uma talentosa barda que chamou minha atenção devido a beleza de seus olhos da cor lilás, mas isso é outra historia. Onde é mesmo que eu havia parado?

Aaaah, sim! Eu estava em Tapista, perdido por sinal, em quanto tentava me achar ia passando pela grande arena, quando o vi! O mesmo homem, com as mesmas roupas, ele estava entrando na arena, tinha de falar com ele tentei me aproximar, mas quando estava a poucos metros surgiu um grupo de aventureiros, que surgiram do nada, certamente uma intervenção divina, mas com esses deuses loucos nunca saberei o motivo deles aparecerem em momento tão crucial.

Quando tentei novamente falar com o tal homem, ele já havia entrado na arena. Fui a traz, mas os guardas só deixavam que os participantes entrassem no momento, de forma que só me restou ir a traz de uma hospedaria e ingressos para o grã torneio.

Rune o Bardo

10 de abril de 2012

Capitulo 1 --- A encomenda.

Mais um belo dia nasce e Moll é acordado pelo seu irmã mais nova, aborrecido com o fato de sua irmã ter o acordado vira para o lado tentando dormir, é quando sua mãe o chuta para fora da cama, dizendo:

-Vai trabalhar vagabundo! Você tem 19 anos e ainda fica remanchando pra acordar?!?!

-Sua bruxa velha e caquetica quem você pensa que é pra mandar em mim???

-Já se esqueceu que sou sua mãe? Agora tira este traseiro esquelético e vai trabalhar, seu tio já abriu a loja e tem um serviço especial pra você!

De imediato Moll já estava pronto, se dirigindo para a loja do seu tio. Ao chegar lá, o seu tio foi logo dizendo que tinha uma encomenda para ele buscar em um local chamado Hessanbluff, entregando em seguida 100 Timbares de ouro para que podes-se encomendar o necessário para a jornada. Após os preparativos foi falar novamente com o seu tio, este o aconselhou a partir o quanto antes, uma vez que esperava por este carregamento a meses mas o responsável pela entrega havia sido emboscado por kobolds. Moll parte no dia seguinte ao amanhecer, a jornada dura 4 dias, tirando a longa estrada, e o cenário repetitivo, nada ocorreu!

Quando estava a mais ou menos uma hora de Hessanbuff, avistou o único ponto de acesso da cidade, um desfiladeiro, um caminho estreito e perigoso, claramente um leito de rio. Arvores quebradas denunciam a ocasional passagem de torrentes (em épocas de chuva a agua devia correr viva e forte, agora serve apenas como uma trilha seca e acidentada). Muitas rochas à volta. o silencio é total, até que uma pedra atinge a cabeça do nosso pequeno herói, fazendo jorrar um filete de sangue, chamando sua atenção para uma pequena forma escamosa tentando manter-se oculta.

A pedrada não feriu apenas a cabeça, mas também a honra e o orgulho, de Moll, que por impeto tenta escalar o morro de onde os Kobolds atacam sendo alvejado pelas pedras diversas vezes antes de conseguir alcançar um deles, porem quando finalmente consegue sua adaga e sua espadas mostram-se armas poderosas e eficazes acabando rapidamente com dois dos três kobolds que o atacavam. No momento em que o segundo kobolds é abatido, e Moll se vira para atacar o kobold  remanesceste percebe que este já vai longe correndo na direção da floresta próxima a cidade.

Sim já dava pra ver a cidade de onde ele estava! Mais algum minutos e ele estava no centro do vilarejo. Ao chegar percebeu que as pessoas que ali moravam estavam evitando-o, fechando portas e janelas, pondo as crianças pra dentro de casa, como se estivessem evitando se meter em problemas. Porem algo mais estranho ainda chamou sua atenção não havia quase nenhuma jovem da sua idade na vila, aomenos ha primeira vista. O que será que ocorreu para as pessoas agirem dessa forma? E por que não há nenhuma jovem na cidade?