5 de junho de 2012

O cálice

 Antes de mais nada gostaria de adiantar que este conto não é meu. Vi-lo em outro blog, e como sou muito fã de Kally resolvi compartilhar aqui. 


O cálice 
 Autor: Trevisan  do forum  http://www.animetotal.com



O silêncio ecoava pelos vastos corredores do tribunal de Khalmyr. 

   Em Ordine, O Reino do Deus da Justiça, nada se movia. Ninguém caminhava pelos largos caminhos de suas perfeitas planícies. Nenhum pássaro voava entre as uniformes nuvens que cruzavam o límpido azul do céu. O salão, normalmente ocupados pelas almas de artonianos mortos – esperando serem recompensados ou punidos pelo o que fizeram em vida –, não abrigava ninguém. Tudo porque ele assim o desejava. Tudo porque assim era preciso.
   Na câmara principal, dezoito lugares encontravam-se vazios na enorme mesa colocada no meio da sala. Na mesa, um vasto mapa representava Arton, seus habitantes seguindo suas vidas como diminutas formigas, sem saber que eram observados. 
   Apenas dois lugares permaneciam ocupados. As únicas evidências de que mais alguém havia estado presente eram os cálices vazio, símbolos do pacto e da concordância com o que havia sido decidido. E que aconteceria em breve. 
   Khalmyr observava fixamente seu companheiro. Podia ver coisas que os mortais nem sabem existir, mas mesmo assim não percebia qualquer sinal de medo ou hesitação. Muito pelo contrário.
   Os olhos púrpuras brilhavam e pareciam sorrir. As mãos, repletas de anéis intricados dos mais variados metais, brincavam com um dos cálices. O longo cabelo trançado mesclava as cores azul, branca, anil, negra, verde e vermelha. As jóias que cobriam seu peito nu e a longa capa que adornava as largas costas mostravam orgulho, empáfia, nunca arrependimento ou remorso.
   Outros dois haviam passado pela a cerimônia com pesar e dor. O terceiro, por outro lado, parecia chegar de uma festa onde havia sido o convidado principal. Parecia tudo, menos o que realmente era.
   Um deus condenado.
   Khalmyr apoiou as mãos sobre a mesa e levantou-se, por fim. Não por impaciência, mas porque tinha que ser assim. 
   - Sabe o que tenho que fazer, não ? 
   O outro pareceu não ouvir. Estava aparentemente entretido demais, divertindo-se com o objeto que tinha nas mãos. Somente instantes depois, dirigiu um olhar distante ao Deus da Justiça. Parecia absorto em pensamentos muito mais importantes. 
   - Por que os outros foram embora, Khalmyr ? Por que não ficaram para ver o fim do espetáculo ? – sua voz era doce, clara como o vento passando entre estalactites de uma caverna de cristal. 
   - Nenhum deles precisava ficar. 
   - Sim... sei bem disso – respondeu o outro, levantando-se devagar. – Mas ninguém abriu mão de seu precioso voto quando Tilliann foi jogado entre os bárbaros naquela carcaça demente e inútil. Ninguém deixou de opinar quando a bela e inocente Valkaria foi transformada em estátua, esperando de joelhos por heróis improváveis. Todos falaram. Alguns acusaram, alguns pediram clemência. Mas todos julgaram. Até mesmo Marah e Lena.
   Ergue as sombrancelhas.
   - Porque é diferente comigo ? 
   - Você nunca foi o mais querido. Nem o menos temido. 
   Lá fora, grossas gotas de chuva começaram a cair de repente. O sol, que há pouco brilhava imponente, escondeu-se com pressa atrás das nuvens negras recém-formadas.
   O outro gargalhou. Por instantes, o palácio pareceu tremer.
   - É verdade meu nobre Khalmyr – retrucou, dando a volta na mesa. O cálice dançando entre seus dedos, passando de uma mão para outra como um brinquedo nas mãos de uma criança, os anéis tilintando na superfície cristalina. – Mas mesmo assim faço parte da família, não faço ? 
   - Você escolheu seu próprio destino. Nossas leis são claras. Aceitar seu destino com honra é a única coisa que lhe resta.
   - Khalmyr, meu caro ! Não me venha falar em leis ou honra ! Eu estava lá quando as duas foram criadas, lembra-se ? Eu e você !
   Khalmyr baixou a cabeça, resignado. Talvez tivesse deixado fugir um suspiro impaciente. Mas não era capaz de entender tal sentimento. Nem era capaz de deixar fugir coisa alguma. 
   O outro caminhou até a parede mais próxima. Ali, uma enorme tapeçaria retratava a união entre o Nada e o Vazio. O nascimento dos deuses.
   - Ainda me lembro como era no início. No outro lugar. Você se lembra ?
   - Às vezes. 
   - Fui um dos primeiros a ser criado e um dos primeiros a criar. Jamais vou me esquecer. A sensação de poder... a energia fluindo enquanto moldava a vida na forma mais perfeita que a existência já conheceu. Você nunca experimentou isso. Por isso não entender. Os outros talvez não se lembrem, ou tentem esquecer. Mas eu lembro. Lembro muito bem...
   Khalmyr bem sabia, aquela simples lembrança era uma ameaça a ser eliminada. 
   Aos poucos aproximou-se da mesa novamente. Num movimento rápido, imperceptível para olhos mortais, devolveu o cálice à mesa. Desta vez invertido, com a boca para baixo.
   - Sabe me dizer o que é isto, Khalmyr ?
   - Um cálice.
   - Tem certeza ? – um sorriso zombeteiro dançando nos lábios. – Um objeto é apenas o seu nome ? Ou seria sua função, seu destino ? Se tentássemos preenchê-lo com vinho, assim como está, não teríamos sucesso. Mas mesmo assim...
   - Mesmo assim o cálice ainda é um cálice.
   - Exato – disse, como um sábio que aprova a resposta de um ignorante. – As leis. As regras. A honra. São como o cálice, Khalmyr. Há sempre um modo de torcê-las, virá-las de cabeça para baixo. E mesmo sem servir mais a seu propósito original, continuam sendo o que eram, continuam a reger a quem regiam. Leis. Regras. Honra. 
   - Onde espera chegar com isso ? 
   - Oh, a lugar algum – afastou-se novamente. – Acho até que já tomei demais o seu tempo.
   - Errado – respondeu Khalmyr, aproximando-se de seu companheiro. Passos firmes ecoando pela sala, a mão direita sobre o cabo da espada. – Não se pode tomar tempo de um deus.
   - Tem certeza ? – retrucou o outro. Enquanto falava, ajoelhou-se e despiu-se. Primeiro o manto. Depois, as jóias. – Pergunte a Valkaria, daqui a um milênio ou dois.
   Khalmyr desembainhou Rhumnam, sua espada sagrada, a lâmina reluzente refletindo a luz dos globos espalhados pela sala. Ergueu-a acima da cabeça do outro deus.
   - Você contrariou as leias do Panteão. Contribuiu com Valkaria e Tilliann, na criação do povo que não deveria haver. Distorceu nossas normas para tramar minha queda e a de meus aliados. Deflagrou uma guerra. E por pouco não destruiu todos nós.
    O outro continuou sorrindo.
   - Por seus crimes além do perdão, Kallyadranoch, eu o condeno ao esquecimento.
   O silêncio imperou por alguns instantes, até ser cortado pela gargalhada afiada do deus ajoelhado.
   - Ah, mas alguém irá se lembrar. É a lei. Tilliann sempre saberá quem foi. As crias de Valkaria um dia irão se esconder sob sua sombra, feito passarinhos sob as asas da mãe. E quanto a mim ? Quem irá se lembrar de Kallyadranoch ?
   O Deus da Justiça permaneceu impassível. A espada firme em suas mãos.
   O outro levantou a cabeça em desafio. Os olhos brilharam. Seu semblante parecia ameaçador. Mais fera do que homem. 
   - Sempre seis de meus filhos irão se lembrar, e carregarão meu legado. E enquanto ao menos um deles viver, eu viverei. Nem você, nem qualquer dos demais podem mudar isso. É a lei. Jamais se esqueça, Khalmyr.
   Mas dois trovões ecoaram, quase em uníssono. Duas gazelas passaram correndo em frente ao palácio e procuraram abrigo embaixo das formas perfeitas de duas árvores no simétrico jardim frontal.
   - Eu já disse tudo. Acabe logo com isso. Cerimônias sempre me deixam entediado.
   Rhumnam girou acima da cabeça de Khalmyr, riscando um círculo de luz brilhante. A lâmina cortou a realidade com um silvo agudo e ensurdecedor. 
   - Adeus, Deus dos Dragões.
   Kallyadranoch sorriu mais uma vez. 
   - Até logo, Deus da Justiça.
   A espada desceu repentina. A lâmina enterrou-se no peito do deus condenado, o urro de mil dragões foi ouvido em toda Ordine. Kallyadranoch desapareceu como se jamais houvesse existido. 
   E jamais havia existido.
   Khalmyr embainhou calmamente a espada. Tudo estava certo novamente. Tudo estava em ordem. 
   Aos poucos, pôde ouvir o leve sussurro das almas voltando a preencher o salão, aguardando seu julgamento justo. Lá fora, a chuva parou de modo tão brusco quanto havia começado. 
   Khalmyr caminhou em direção da saída. Parou por alguns instantes, seguiu até a mesa, e só então saiu para retomar seus eternos afazeres.
   Na câmara principal, agora vazia, silenciosa e estéril, tudo permanecia como se nada tivesse acontecido. E nada acontecera. 
   Todos os cálices tinham a boca voltada para cima.

10 de maio de 2012

Boatos da Taverna 3

Esperei ansiosamente pela primeiro duelo, em bora foce meramente qualificatório queria saber tudo sobre esse guerreiro misterioso! Ao achar meu lugar na enorme arquibancada da arena o primeiro portão se abriu revelando um humanóide com a pele marcada por crostas da matéria vermelha, certamente um lefou. Este estava portando armas de samurai e alguma coisa na cabeça que lembrava espinhos desformes, preso as costas encontrava-se um machado. Em bora foce comum ver cada vez mais aventureiros serem corrompidos pela tormenta, este continha algo de diferente algo que não sabia dizer o que, mas uma coisa era certa ele era diferente.

Não obstante a entrada do primeiro candidato o segundo portão se abre, e dele sai o guerreiro misterioso, motivo pelo qual comprei ingressos para todos os dias do torneio. Ele entrou, trajando uma couraça, e o cinto de campeão do torneio, em mãos havia apenas um machado, uma visão sublime. Assim que entrou começou o combate, o lefou partiu em sua direção com sua catana e wakisachi em mãos, o guerreiro por sua vez soltou um urro que estremeceu a arena, urro que parecia ser de um dragão, em quanto partia para cima do seu oponente. O primeiro golpe fora seu, cravou sue machado no ombro esquerdo do lefou, fazendo-o urrar de dor em quanto uma mistura de sangue e matéria vermelha jorrava do ferimento.

Era a oportunidade do lefou atacar, porem seus ataques mostravam ineficazes perante ora a habilidade que o guerreiro tinha em evadir-se, ora sua armadura, ora sua pele esta parecia ser imune a cortes, alem de muito resistente. O guerreiro atacou, mas seu ataque foi amparado pela armadura que surgiu sobre a pele do samurai, era uma visão orenda embora não muito nítida, como se o corpo dele se recobrisse de matéria vermelha que rapidamente enrijecia formando algo parecido com um crustáceo espinhoso. Ambos os lados continuaram flagelando o oponente na esperança de encontrar uma brecha, sem nenhum resultado, até que ...(pausa dramática) ... o lefou pulou sobre a cabeça do guerreiro misterioso e  rapidamente desferiu um golpe em suas costas, não houve tempo para reação, outra boa quantidade de sangue suja o chão da arena. Enfurecido, o guerreiro, reagiu em uma manobra de desarme bem sucedida fazendo a catana voar longe, porem isso não impediu o samurai de continuar a atacar, ele tinha de continuar, devia continuar, em quanto possuía sua armadura impenetrável ativada.

A batalha continuou pela tarde até que a armadura vermelha do samurai se esfacela, partindo-se em milhares de pedacinhos de matéria vermelha, o guerreiro misterioso não pensou duas vezes, ou melhor ele se quer pensou desferiu golpe como machado no outro ombro do oponente, fazendo o  cair sangrando. Foi demais para o samurai. Ele já não possuía forças para continuar de pé. Ele caiu inconsciente em quanto o guerreiro era ovacionado pelo publico.

Outras batalhas aconteceram no mesmo dia, todas qualificatórias, porem no dia seguinte haveria a faze de grupo, onde os desafiantes enfrentariam as mais diversas criaturas de Arton. Estava ansioso, mal podia esperar ver o desempenho dele novamente.

Rune o Bardo

Capitulo 2 --- O local acolhedor.

Não havia um canto se quer que fosse convidativo, a não ser uma pequena taverna local, que por ser a única não tinha motivos para um nome, mas mesmo assim o dono insistia em manter o letreiro com o nome: "O martelo de Khalmyr", resolveu entrar. O lado de dentro da taverna mostrou-se não muito mais que um salão comunal, decorado com mesas e bancos rústicos, um fogareiro no centro para as noites mais frias.

Logo que entrou uma jovem de óculos, mais ou menos da sua idade, estranhamente bem vestida se comparado com o local onde trabalhava, veio recebe-lo apresentando se com o nome de Talanya. No cardápio, nada de variedade, apenas pão, queijo, carne assada, e cerveja. Rapidamente ela anota os pedidos, aproveitando-se do dialogo com a mossa Moll a questiona sobre não haver quase ninguém da idade dela na vila, porem quando Talanya camessa a responder uma voz como um trovão branda dos fundos da cozinha: "Chega de conversa fiada e volte aqui com esses pedidos!", imediatamente a jovem se desculpa e sai correndo em direção a cozinha, voltando em seguida com os pedidos.

-- Sobre a pergunta que lhe fiz, você vai responder? Porque todos estão me evitando?-- Moll a indaga na esperança de obter uma misera informação sem ser interrompido pela voz de trovão.

-- Os aventureiros trouxeram muitos problemas a vila, por isso as pessoas os evitam!

-- Você vai ficar ai conversando ou vai trabalhar??? -- rugiu a voz de trovão ao fundo da taverna.

Após o termino da refeição, foi inevitável sentir a fadiga da viagem procurando então um quarto para dormir. Mas quando estava no meio do sono, um grito de mulher o faz pular da cama, era Talanya que gritava. De imediato pega suas armas e parti em direção do  corredor na tentativa de evitar um mal maior. Ao chegar no corredor nosso heroi se depara com uma forma luminosa e traslucida, caramente sobrenatural, um fantasma. O espirito estava usando trajes de clerigo, com o rosto coberto por um capuz, possivelmente um ex clerigo de Khalmyr.

Moll atacou o fantasma com tudo que possuía, sem gerar qualquer efeito sobre a aparição. Após muito esforço e estardalhaço seu combate é interrompido por um grito forte como trovão: "QUE DIABOS ESTÁ HAVENDO AQUI???" era um anão, dono da estalagem e cozinheiro o qual estava sempre se intrometendo nas conversas com Talanya, mas foi só o anão aparecer, que a aparição desapareceu, e Talanya que gritava agora estava em prantos pedindo perdão!

30 de abril de 2012

Contos de guerra

Era noite na cidade de Lenorien. O Céu estava vermelho, o fogo consumia a casas, nas ruas elfos jaziam mortos e por todos os lados sangue manchava o chão. Poucos haviam sobrevivido ao ultimo ataque de Thwor ironfist, que investira destruindo e destroçando tudo em seu caminho, torres, casas, elfos, velhos, novos...tudo. E aqueles que sobreviveram nao tinham pelo que viver, seus filhos jaziam mortos, suas casas destruídas, seu povo dizimado; seus sonhos esmagados...e assim vagueavam tristemente pela cidade, cantando sua dor  aos ceus, chorrando lagrimas vermelhas, lagrimas de sangue.

Num canto afastado, onde outrora fora a mais brilhante torre de Lorien, encontrava-se um grupo de elfos guerreiros sentados envolta de uma fogueira, suas armaduras estavam sujas e cheias de sangue, suas espadas brilhavam no chao e lagrimas caiam de seus olhos. Eram seis, e nenhum tinha nome, em suas armaduras brilhava a insignia do sol nascente, o simbolo da guarda real do rei. Eram bem parecidos, como na verdade todos os elfos sao. Eram altos, de ombros largos e fortes, tinha o rosto austero e distante, os olhos vazios e azuis, e cabelo branco, na verdade nao todos, um deles tinha o cabelo negro e olhos da mesma cor, era um pouco mais baixo, mas mais forte, era tambem o que mais chorava. Nao falavam, nem se mexiam, deixavam apenas a noite seguir enquanto as lagrimas rolavam. Todos eles haviam vivido toda sua vida em Lenorien, ali cresceram, amaram e serviram seu rei, ali viram a vida florescer, mas tudo que viam agora era a morte, a morte de seus proprios companheiros, nao conseguiam esquecer como seus rostos se contorciam enquanto eles caiam sob a chuva de machados, nao conseguiam lembrar de mais nada a nao ser guerra e morte, e era so aquilo que sobrará ali, guerra e morte.

Quando o sol raiou, eles levantaram e foram em direção ao sul da muralha. No caminho, por todos os lado tudo que se via era destruiçao, a pura e suja destruiçao goblinoide que fora causada por Thwor ironfist, o grande general da aliança negra. Todos ali, sem exceçao, torciam o nariz ao  ver aquelas cenas de destruiçao e furia descontrolada -por isso é impossivel ter uma convivencia com esses animais- falou o de cabelos negros, apesar de nenhum dos outros responder qualquer coisa, a confirmaçao era visivel em seus olhos. A medida que  o dia ia passando eles chegaram ao portao sul, o portao por onde Thwor irrompera com seu exercito e agora estava acampado o grande exercito goblinoide, uma bandeira negra balançava ao vento, a aliança negra.

À visao daquela bandeira seus corpos gelaram e instintivamente tomaram posiçao de batalha, sacaram suas espadas brilhantes e prepararam-se...uma respiraçao...duas respiraçoes...tres respiraçoes...olharam-se nos olhos e com um sorriso negro avançaram...sem nenhum aviso. As espadas dançavam num elegante conjunto de movimentos, sempre perfurando, cortando e partindo, tecendo uma teia de sangue vermelho. Pegos de surpresa, os primeiros goblinoides nao tiveram chance alguma contra as espadas dos elfos e cairam um por um, sempre da mesma forma, perfura, corta, quebra, parti. Quando seus inimigos finalmente se organizaram a batalha ficou mais dificil, seu numero e força era um obstaculo, no entanto muitos cairam sob as espadas dos elfos, ainda assim, eles proprios cairam, um por um. Um machado partiu o elmo de seu lider, uma maça afundou o peito de outro, e assim sobraram apenas quatro deles, cada um de costas para o outro, o sangue enchia suas armaduras, seu proprio sangue misturado com os que eles mataram, e caiam mais e mais frente suas laminas.  Sem nenhum motivo aparente a Aliança negra recuou, os elfos entreolharam-se desconfiados, entao eles viram, e aquilo os fez gelar do pé a cabeça, o general, o lider, Thwor ironfist, em pessoa, estava lá, parado, com seu grande machado de guerra na mao, e a cabeça do rei na outra. 

  Ele avançou, austero, cruel, imponente. Era grande ate mesmo para sua raça, chegava quase a tres metros e meio de altura, de sua boca brotavam dois grotescos caninos amarelos e no pescoço usava uma caveira como colar, em uma das maos trazia seu machado de guerra, tao grande como ele mesmo, na outra a cabeça do rei elfo, em seu rosto havia uma horrivel expressao de dor, congelada pela morte. Atirou-a ao chao e a esmagou com apenas uma pisada, entao riu, uma risada grotesca, a risada de um animal, e atacou. No primeiro ataque afundou ate o osso seu machado no primeiro elfo, um giro, o segundo caiu tambem, acertado pelo cabo do machado na cabeça. Os outros dois lutaram bravamente,  moviam-se e dançavam envolta dele como viboras,suas espadas cantavam, o ressoar de aço contra aço. Thwor era forte, porem eles eram rapidos e muito habeis. Lutaram e lutaram por horas a fio, Thwor ria a cada corte que levava e nao parecia cansar-se nem um pouco, entao, num momento de descuido, o alto-elfo escorregou na lama e o machado de Thwor caiu como um raio, partindo-lhe dos ombros a virilha. Sobrara, entao, apenas aquele elfo, o de cabelos negros, ele lutou, mais bravamente que qualquer um poderia naquelas condiçoes, lutou por horas, lutou ate Thwor perder o sorriso e foi alem, lutou ate seu inimigo estar esfolado e ainda assim foi alem, lutou ate sua espada nao ser nada alem de um cotoco. Entao caiu, caiu aos pés de Thwor, e esperou o ultimo golpe, mas esse nao veio...quando ele olhou para cima o que ele viu foi algo inesperado, um Thwor ironfist com um olhar perscrutante e que parecia estar se divertindo e de repente, com um chute, derrubou o elfo na lama e perguntou-lhe -O que faz voce, um verme, lutar com tanta bravura contra mim, Thwor ironfist, o grande general, mesmo sabendo que vai perder?- entao ele respondeu e sua voz era amarga - vim para voce terminar o que começou. Você ja me matou, vim aqui apenas para dar um fim a isso. Voce ja tirou minha vida, tirou tudo que eu amo, entao, vá, termine tudo, me mande para onde quer que eu vá. eu vim entregar o que voce ja me tirou. a vida.-  Thwor sorriu entao, intrigado e entao gritou - que assim seja seu verme, morra! e tenha a honra de dizer a todos que voce lutou bravamente contra Thwor ironfist, o grande general, vá e diga que voce morreu pelas minhas maos, as mesmas que arracaram a cabeça do seu amado rei- entao seu machado desceu como um raio novamente, partindo suas costelas e seus orgaos internos, e o elfo sem nome morreu...tao bravamente quanto qualquer um poderia querer...e onde suas lagrimas respingaram no machado de Thwor, ate hoje, é possivel ver as estrelas daquele que foi o lindo ceu de lenorien, as ultimas estrelas que ele viu...

29 de abril de 2012

Contos de Zarok' o negro.


Era noite e a companhia encontrava-se na penúltima sala da masmorra, um corredor negro e reto ate o fim,nele pendiam apenas algumas tochas penduradas na parede e nada mais. a companhia seguia incessantemente o caminho que havia a frente, estavam ali: Zarok' o samurai, Rezin o Goblin e os dois minotauros, Ignius e sem-nome, assim o chamavam pois, na verdade, ninguém soubera seu nome, cada armados com nada mais que suas espadas, uma determinação inabalável e uma forte vontade de viver.

após uma breve caminhada a sala pareceu ficar mais quente e a cada passo que eles davam ainda mais quente, eles mesmos começaram a sentir esse calor no proprio corpo, as pernas ficaram pesadas e doídas pelos esforço, o suor corria-lhes quente pela testa e nem mesmo a leve brisa que os acompanhara quase o caminho todo soprava. Zarok abaixou-se para esfregar a perna que doía -fora o machado daquela besta que o acertará ali e isso podia bem trazer-lhe problemas- pensou ele, e sem nenhum aviso uma brisa mais quente ainda, quase que como o bafo de um dragao atingira-lhe em cheio enchendo suas narinas de ar quente, mal teve tempo parar jogar-se ao lado ao ver aquela luz vermelha atravessando o corredor. passou-lhe raspando. -uma bola de fogo- pensou enquanto se viarava para olhar de onde viera. Um Balor.

A Criatura erguia-se imponente sobre o chao, devia ter quinze metros ou mais, seu corpo era feito de sombras, nao, de sombras em chamas! tinha o corpo de um forte minotauro, no entanto muito maior, e apesar dos seus chifres, sua cabeça nao se parecia nem um pouco com a de um minotauro. Era um cranio grotesco envolvido por sombras em chamas e uma lingua de fogo pendia-lhe da boca, em cada uma das maos trazia respectivamente um chitoce e uma espada, ambos feitos daquele mesmo material, o proprio mal incarnado pegando fogo. atras de si erguiam-se asas de morcegos em brasa que sem agitavam incessantemente. apesar de assustados a companhia sabia que para sobreviver deveriam sobrepujar, ou no minimo, passar por aquele imenso balor e nao tinham outra saida. trocaram olhares rapidos e estava tudo decidido, todos saberiam o que fazer, e fizeram. investiram rapida e corajosamente contra a critatura, correram o mais rapido que conseguiram e pularam sobre as chamas atravessando-as, mas nao antes sem levar algumas queimaduras, mesmo assim, ao cair do outro lado todos estavam bem o suficiente para prosseguir, no entanto, haviam atraido a ira do balor para si. a ira de um dos grandes senhores das trevas.

Corriam, e atrás de si estava a grande criatura tentando abrir as asas,essas que eram muito grandes para abrir-se totalmente, percebendo isso decidiu seguir a pé atras de nossos herois e foi, arrastando chamas e escuridao por onde passava. nossos herois percebendo-se encurralados chegaram a uma conclusao: Nao havia saida, e se houvesse seria derrotando aquela criatura, ou seja, nao havia saida. Ainda assim decidiram continuar, se morresem seria ao menos com honra. Zarok desembainhou sua katana de raio e gelo e com um sorriso zombeteiro falou a rezim -eu pego ele por trás e voce pela frente, revesamos e flanqueamos, como sempre- com um sorriso gelido ele respondeu -sim, pela ultima vez- e correram com os dois minotauros logo atrás.  Zarok correu com rezin logo atrás de si, logo estavam cara a cara com o balor, com uma chicotada ele tentara partir Zarok em dois, no entanto esse foi mais rapido, desviando e saltando por entre suas chamas, agora sim, lutaria como sempre. a batalha seguia feroz a cada golpe a morte parecia mais proxima, o balor agitava seu chicote e sua espada e por vezes os dois aos mesmo tempo, mas naquela noite os deuses estavam com eles, poucas foram as vezes que o balor os tocara, fazendo assim pouco estrago, mas mesmo assim, um golpe em falso e estava tudo acabado. Zarok atacava furiosamente de um lado e rezin do outro, espadas dançavam e o aço nu cortava pedaços de sombras flamenjantes sempre que encostava no balor e no entanto nao parecia surtir efeito, entao repentinamente Zarok tropeçara, tentara escapar da espada e fora pego pelo chicote, que constringia e queimava a sua volta. para ele tudo parecia agora um borrao triste, sua vontade desaparecera, seu fogo e sua vida estava indo junto. numa ultima prece pediu ajuda a lin-wu, a khalmyr, a todos os deuses, ele sabia ter uma missao maior, nao podia perecer ali e nao pereceu. Uma luz cegante tomou conta do corredor e o balor desapareceu, fora destruido. ele conhecia aquilo, era magia divina, no meio do corredor onde outrora o balor estava tinha agora um anao em pé, e entao ele compreendeu. um paladino.

Boatos da Taverna 2

Passaram se muitas semanas desde a ultima vez em que tive aquele relato na  taverna, nenhum afortunado teve a sor te de encontrar tal sujeito. Na minha impaciência tive a estupida ideia de ir até a tempestade onde o jovem o viu, mas logo em seguida desisti, sabe como é muita adrenalina para um bardo como eu que escreve pequenas canções, e trovadas. Como não fui a Tormenta decidi ao menos me aproximar, e quanto mais me aproximava, mais os boatos aumentavam mas no fundo era tudo mais do mesmo, sempre aquela velha historia de um cara usando uma túnica branca com uma faixa vermelha sem ser afetado pela tormenta.

Sabe quando você ouve aquela historia que você achou fantástica no inicio, mas com o tempo foi perdendo a graça. O mesmo aconteceu comigo, fui deixando-a de lado, e com o tempo fui perdendo totalmente o interesse, ao ponto de esquecer la completamente, porem, certo dia minhas andanças me levaram em direção a Tapista, a grandiosa cidade táurica, no caminho tive o parser de encontrar uma talentosa barda que chamou minha atenção devido a beleza de seus olhos da cor lilás, mas isso é outra historia. Onde é mesmo que eu havia parado?

Aaaah, sim! Eu estava em Tapista, perdido por sinal, em quanto tentava me achar ia passando pela grande arena, quando o vi! O mesmo homem, com as mesmas roupas, ele estava entrando na arena, tinha de falar com ele tentei me aproximar, mas quando estava a poucos metros surgiu um grupo de aventureiros, que surgiram do nada, certamente uma intervenção divina, mas com esses deuses loucos nunca saberei o motivo deles aparecerem em momento tão crucial.

Quando tentei novamente falar com o tal homem, ele já havia entrado na arena. Fui a traz, mas os guardas só deixavam que os participantes entrassem no momento, de forma que só me restou ir a traz de uma hospedaria e ingressos para o grã torneio.

Rune o Bardo

10 de abril de 2012

Capitulo 1 --- A encomenda.

Mais um belo dia nasce e Moll é acordado pelo seu irmã mais nova, aborrecido com o fato de sua irmã ter o acordado vira para o lado tentando dormir, é quando sua mãe o chuta para fora da cama, dizendo:

-Vai trabalhar vagabundo! Você tem 19 anos e ainda fica remanchando pra acordar?!?!

-Sua bruxa velha e caquetica quem você pensa que é pra mandar em mim???

-Já se esqueceu que sou sua mãe? Agora tira este traseiro esquelético e vai trabalhar, seu tio já abriu a loja e tem um serviço especial pra você!

De imediato Moll já estava pronto, se dirigindo para a loja do seu tio. Ao chegar lá, o seu tio foi logo dizendo que tinha uma encomenda para ele buscar em um local chamado Hessanbluff, entregando em seguida 100 Timbares de ouro para que podes-se encomendar o necessário para a jornada. Após os preparativos foi falar novamente com o seu tio, este o aconselhou a partir o quanto antes, uma vez que esperava por este carregamento a meses mas o responsável pela entrega havia sido emboscado por kobolds. Moll parte no dia seguinte ao amanhecer, a jornada dura 4 dias, tirando a longa estrada, e o cenário repetitivo, nada ocorreu!

Quando estava a mais ou menos uma hora de Hessanbuff, avistou o único ponto de acesso da cidade, um desfiladeiro, um caminho estreito e perigoso, claramente um leito de rio. Arvores quebradas denunciam a ocasional passagem de torrentes (em épocas de chuva a agua devia correr viva e forte, agora serve apenas como uma trilha seca e acidentada). Muitas rochas à volta. o silencio é total, até que uma pedra atinge a cabeça do nosso pequeno herói, fazendo jorrar um filete de sangue, chamando sua atenção para uma pequena forma escamosa tentando manter-se oculta.

A pedrada não feriu apenas a cabeça, mas também a honra e o orgulho, de Moll, que por impeto tenta escalar o morro de onde os Kobolds atacam sendo alvejado pelas pedras diversas vezes antes de conseguir alcançar um deles, porem quando finalmente consegue sua adaga e sua espadas mostram-se armas poderosas e eficazes acabando rapidamente com dois dos três kobolds que o atacavam. No momento em que o segundo kobolds é abatido, e Moll se vira para atacar o kobold  remanesceste percebe que este já vai longe correndo na direção da floresta próxima a cidade.

Sim já dava pra ver a cidade de onde ele estava! Mais algum minutos e ele estava no centro do vilarejo. Ao chegar percebeu que as pessoas que ali moravam estavam evitando-o, fechando portas e janelas, pondo as crianças pra dentro de casa, como se estivessem evitando se meter em problemas. Porem algo mais estranho ainda chamou sua atenção não havia quase nenhuma jovem da sua idade na vila, aomenos ha primeira vista. O que será que ocorreu para as pessoas agirem dessa forma? E por que não há nenhuma jovem na cidade?

14 de março de 2012

Bom, meus caros leitores, aqui vai um pedaço da historia de nossa, tao longa e por muitas vezes inesperada, campanha.
"era noite, uma noite escura e tempestuosa, nossa companhia estava sentada ao redor de uma fogueira, e conversávamos um pouco.  Naquela noite eramos cinco no total, eu, Rezim e outros dois companheiros, que nesse momento  não me recordo o nome, e mais uma garota, algum tipo de maga, ou feiticeira...ou quem sabe um pouco dos dois. estávamos ali(no meio do nada) para escoltarmos a tal garota ate um porto, onde ela pegaria um navio, pra vai-saber-la-onde e ficaria, ou pelo menos assim nos foi dito, a salvo.
 Estava sentando ao lado do fogo, mas o frio era grande e nem a conversa animada, nem os perigos conseguiram me manter acordado. Acordei no meio da noite e todos estavam, ou pareciam estar dormindo, decidi então fazer uma ronda envolta da areá onde estávamos, então, em meio ao terreno acidentado, escutei algo se arrastando pela escuridão e não perdi tempo, saquei minha espada e avancei silenciosamente de volta para onde estávamos, ao chegar mais perto pude observar o que parecia ser uma forma negra debruçada sobre algo, ergui minha espada e desci violentamente sobre a vil criatura, mas ela era rápida e desviou com certa dificuldade, e só então pude perceber algo, o que a criatura se debruçada por cima era a moça que havíamos resgatado, e pelo visto, ele estivera bem perto de descobrir como abrir sua roupa, naquela hora, meu  ódio subiu a cabeça, inflamando meu ser, de uma forma como só acontece com minotauros e lutei bravamente, depois de desarma-lo, e estar preparado para dar o golpe de misericordia, olhei bem na escuridão e fiquei consternado com o acontecido, pois quem estivera lutando comigo esse tempo todo, a vil criatura, era nada mais nada menos que Rezim! Sim, o goblin! Sim, eu estava irado, e me preparava para dar-lhe uma surra como ele jamais iria conhecer, no entanto, nesse momento, atraídos pelo barulho da confusão apareceram duas tropas de minotauros guerreiros e..."
tomara que tenham gostado!

Boatos da Taverna

Certo dia em quanto bebia numa taverna em Ridembarr no reino de Deheon, um senhor que estava ao meu lado veio me falar de que um grupo de aventureiros, recém chegados de uma área de tormenta, que haviam passado por ali mais cedo estavam contando que haviam visto um homem caminhando entre os corpos carcomidos pela Tempestade Rubra, e a medida em que ele passava entre os corpos, tocava-os fazendo a crosta vermelha (oriunda dos pingos da tempestade) cair, e fazendo o defunto ganhar vida, se levantando, não como zumbi, mas sim como se este homem estivesse invocando continua mente a magia milagre.

Instigado pelo relato do senhor, pois desconhecia se algum grande mago ou ainda sacerdote havia começado uma campanha contra a Tormenta recentemente, perguntei como eram as vestes do tal homem, e para minha surpresa o homem vestia apenas um manto branco com uma facha vermelha, não portando armas ou ainda armaduras. Descrição esta que me deixou ainda mais curioso sobre a rara figura.

"Aventureiros de mente fraca! Caíram na insanidade emanada da Tormenta!" brandei para o senhor, e todos da taverna que agora acompanhavam atentamente o relato do senhor, este apenas deu uma gargalhada do meu comentário e me afirmou nunca ter visto um grupo de aventureiros ter voltado tão são de uma área de tormenta quanto eles. Desconcertado com a resposta que obtive, voltei a beber minha cerveja amarga, em quanto me questionava se o senhor havia caducado ou se era verdade tudo que havia me contado. Com o intuito de satisfazer minha curiosidade ofereci um premio de 500,00 Timbares de Ouro para quem trouxer informações verídicas sobre o tal homem de vestes brancas, que caminha na tormenta!

                                                                   Rune o Bardo.

11 de março de 2012

Um pouco sobre a Tormenta...

Tormenta para quem não sabe é, por assim dizer, o primeiro cenario de RPG Brasileiro, mas não apenas isso! A maioria das historias se passam no mundo de Arton, uma terra habitada por muitas raças, e com muitos problemas, sendo o maior deles, o que dá o nome ao jogo, a propria e imponente, toda poderosa A Tormenta.

Mas que diabos é essa Tormenta? Qual a sua importancia para dar nome ao jogo? Basicamente A Tormenta é uma tempestade rubra, cujas gotas não são de água mas sim de sangue ácido, corroendo e conrompendo tudo que toca. Como se não fosce suficiente para apavorar, a tudo e a todos, ainda há os demonios oriundos da tempestade, reza a lenda que só de olhar para um deles já é o suficiente para que uma pessoa comum enlouqueça. Portanto pouco se sabe sobre este fenomeno que vem tomando todo o continente de  Arton.

Há especulações de que no meio de cada tempestade há uma cidade povoada pelos demonios e pelas pessoas que eles escravisaram (as que sobreviveram ao primeiro ataque). Dizem que um dos demonios da Tormenta, o mais poderoso deles é conhecido como Lord da Tempestade, controlando-a a sua vontade.

Mas antes que se apavore e saia correndo com medo de ser pego pela Tormenta, Arton também é um mundo de herois, de aventureiros, e graças a eles que a tempestade não toma de vez o continente. E por estar contantemente ameaçado este continente preciza de cada vez mais de herois, seja para "detetizar" um cemitério, seja para acabar com um lich malvado, ou com um Lorde da Tormenta! De qualquer modo Arton oferece inumeras e mais variadas aventuras, para todo tipo de aventureiro!