27 de fevereiro de 2013

A Companhia Dourada - Parte 1

Os Heróis  avistaram no alto de uma montanha um castelo a tempos abandonado, arriscando desabar a qualquer momento, contudo um brilho avermelhado chamava a atenção deles. O brilho saia de portas e janelas ausentes no castelo, parecia se mover, percorrendo cada comodo, cada janela, denotando um certo sofrimento, assim como centenas de almas arrancadas de seus corpos e obrigadas a conviverem em um certo recipiente. Este brilho os chamava, chamava-os para uma armadilha cruel e sanguinária, e por mais que soubessem disso sabiam que um grande mal ali se escondia, e por isso deviam combate-lo.

O terreno da montanha era entes de tudo acidentado, acidentado e morto. Não havia sequer uma planta a crescer no chão, este era uma mistura de pedras polidas pelo tempo e lascadas pela força da montanha. Aqui e ali podia-se observar uma arvore seca, ou o que fora uma, o que revelava que houvera uma floresta densa e verdejante ali e por alguma razão ou evento não mais estava lá.

A escalada revelou um ar pesado e frio, cheirando a enxofre misturado com algo que a algum tempo entrara em decomposição. e o vento descia a montanha como centenas de cabritos monteses  furiosos, invadindo narinas a dentro, carregando o cheiro da morte, dificultando assim a escalada. E a cada pedra que subiam o cheiro ficava pior e o ar mais pesado de se respirar obrigando-os a fazer uma pausa em uma caverna que se abria como a boca da montanha tentando morder quem por ali passasse, e poucos, pra não dizer que nada passava por ali. A caverna por sua vez revelou-os a origem do ar moribundo, os restos mortais do que foi um dragão, agora um saco de peles e ossos imerso em uma poça de chorume e vermes. Uma analise mais aprofundada revelou a presença da magia draconica, já putrefata, emanando dos restos mortais da fera. 

Repentinamente uma forte nevasca eliminou qualquer possibilidade de seguir com a viagem. A temperatura caio repentinamente, obrigando-os a acamparem no túmulo do dragão. Embora desconfortáveis e incomodados pelo cheiro putrefato que preenchia o ambiente, um a um os aventureiros caíram no sono.

O dia amanheceu revelando que a nevasca já passara. O dia nublado mantem a temperatura fria, porem mais agradável que na noite anterior. Ao saírem da caverna respiraram aliviados pois o cheiro era manos forte do lado de fora da caverna. Após alguns estantes de escalada revelou-se por traz de uma grande rocha uma trilha sinuosa e ingrime beirando em vários pontos a encosta escarpada da montanha, um convite a morte, alguns minutos, de caminhada, depois chegaram ao castelo de onde se emanava na noite anterior  o brilho bizarro e ameaçador de coloração avermelhada sangue. Na tentativa de descobrir a origem da luz malévola, adentraram na fortaleza. cada vez mais fundo, cada vez mais escuro e sombrio. E cada sala que entravam alguma criatura os aguardava, a cada sala uma batalha sangrenta. Quando em fim conseguiram achar uma sala onde poderiam descansar a luz vermelha veem atordoa-los um pouco mais.

Era noite, quase todos dormiam, mas os que estavam de guarda resolveram por explorar a origem do farfalhar vermelho (o brilho avermelhado), uma sala, e nada, duas salas e nada, na terceira sala um altar em pedra negra, com de velas negras e chamas vermelhas como sangue, pentagramas e pequenos animais empalados denotavam o quão profano era o local. Pequenas escrituras, porem em grande número, em uma língua que os elfos não lembravam mais completava a imagem do altar demoníaco. Tentaram destruir, mais uma magia negra poderosa envolvia todo o altar. A impotência os tomou por completo ao ponto que decidiram se juntar aos que dormiam foi quando um deles, o mago, percebeu uma pequena passagem que se escondia por debaixo do altar.

 A pequena passagem dava em um comodo iluminado por um ponto circular, que por vezes desenhava uma espiral no piso de pedra. Uma voz tentadora soprava palavras profanas nos ouvidos do samurai, que a essa altura já se aproximava do que era o ponto vermelho, mas agora era um vórtice. Resistir era inútil para o samurai, este sentia toda sua vontade ser esmagada pela sedução e doçura da voz, que para ele vinha do vórtice. desesperadamente o mago, ao perceber a situação, se jogou ao chão numa tentativa bem sucedida de agarrar o tornozelo do companheiro que já estava quase entrando no portal. Pobre mago se esquecera que o samurai era muito mais forte do que ele, arrastando-o junto para o portal maligno. Foi quando o samurai já se entregando a tentação e o mago ia abandonar seu amigo, na esperança de salvar-se, um estampido seguido de um urro foram ouvidos vindo da sala anterior, urro que gelou os ouvidos e a alma tanto do mago como do samurai.


Continua...